A Fundação Estatal de Atenção à Saúde – FEAS, associada da ANFES – Associação Nacional das Fundações Estatais de Saúde, apostou no uso da tecnologia para enfrentar os desafios apresentados pela pandemia de COVID-19, principalmente na busca de alternativas no cuidado dos pacientes e no relacionamento com familiares.

Aberto há mais de 14 meses para atendimento exclusivo a pacientes com coronavírus, o Hospital Vitória, que encontra-se sob a gestão da FEAS, implantou duas auditorias, de beira-leito e de prescrição, feitas por meio de aplicativo e com transmissão de dados em tempo real.

A auditoria à beira-leito é feita desde fevereiro, diariamente, para verificar se procedimentos foram feitos e, nesse caso, da forma correta. Também checa a segurança de equipamentos usados no cuidado do paciente, como grade da cama travada ou monitores bem posicionados.

Segurança

Foram realizadas 5900 auditorias à beira-leito desde o início do atendimento. Segundo o gerente assistencial da ala clínica do hospital, Bruno Henrique de Mello, o monitoramento dos cuidados permite um diagnóstico dos pontos mais frágeis dos cuidados, o que é importante para intervenções rápidas.

Identificar uma eventual falha no cuidado ou em um equipamento e buscar a solução com rapidez diminui o risco de agravamento do quadro do paciente. A equipe pode intervir imediatamente e não apenas quando ocorre um evento adverso ou uma infecção, por exemplo.

A tecnologia também ajuda a rever processos graças ao processamento instantâneo dos dados e a geração de gráficos e relatórios. Quando um procedimento recebe a classificação de “não conformidade” mais de uma vez, os gestores já avaliam se é necessário realizar treinamento ou reavaliar a metodologia.

Prescrição

A auditoria de prescrição é feita semanalmente em pacientes aleatórios, via sistema, cruzando dados da prescrição dos medicamentos com as anotações no prontuário. Isso garante que o medicamento foi dado e que a administração dele foi registrada em prontuário do paciente.

Também realizada desde fevereiro, a auditoria de prescrição já avaliou o prontuário de mais de 1,5 mil pacientes, reduzindo as inconformidades para 21,2% no primeiro mês e abaixo dos 15% nos meses seguintes.

A coleta desses dados de auditoria é feito pelos enfermeiros hospitalistas por meio de um celular usado exclusivamente para este fim.

Videochamadas

O celular também aproximou pacientes dos familiares. Por se tratar de uma doença muito transmissível, a presença de acompanhantes durante o internamento não é permitida e as visitas acontecem em casos que a equipe do hospital considera necessárias.

Neste contexto, as videochamadas puderam levar a imagem e a voz do paciente aos familiares, amenizando a saudade. Entre janeiro e julho de 2021, foram mais de 3 mil ligações por vídeo.

Fonte de informações: Site FEAS