A Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo – FSNH, vem realizado ações em busca de uma vida livre dos efeitos nocivos do tabaco, bem como têm focado em questões ambientais, como a poluição e o fumo passivo, por meio de um grupo de aconselhamento e combate ao tabagismo que se reúne ao ar livre no pátio arborizado da Unidade Básica de Saúde (UBS) Canudos.
Ainda atentos aos cuidados com a Covid, os frequentadores desse programa se encontram em mais um momento de acolhimento, apoio e troca de experiências sob orientação técnica da enfermeira Paloma Stumpf Mittmann. De acordo com ela, o tratamento proposto se dá por meio de sessões de aconselhamento associadas a terapias farmacológicas quando indicadas, o que pode incluir os adesivos de uso transdérmico de nicotina.
Os quatro primeiros encontros são semanais e sob a luz de temas como as razões que levam a fumar, de que forma a fumaça do cigarro afeta a saúde, como vencer os obstáculos que surgem a partir da decisão de abandonar o hábito e os benefícios sentidos com essa mudança para uma melhor qualidade de vida. As conversas presenciais são permeadas por depoimentos numa constante troca de experiências.
No segundo mês, as reuniões dessa rede de apoio tornam-se quinzenais, quando se inicia a fase de manutenção da abstinência. E, na sequência, passa-se a uma sessão mensal como estratégia preventiva a recaídas. “Para participar do grupo, o usuário do SUS precisa procurar a sua unidade de saúde de referência e fazer a inscrição”, complementa a enfermeira Paloma.
Conforme relato de um dos frequentadores, o servente de obras Oziel de Oliveira Fernandes, 38 anos, ele não acende um cigarro há quase um mês e meio. “Já larguei anteriormente e fiquei dois anos sem fumar, mas acabei recaindo daquela vez”, admite. “Agora, a minha esposa decidiu também parar e a gente começou a buscar um tratamento.” E foi então que o casal passou a ir às sessões na UBS Canudos.
Fator de doenças e incapacidades funcionais
O Ministério da Saúde relaciona pelo menos 50 doenças causadas pelo cigarro, como diabetes, hipertensão, AVC (Acidente Vascular Cerebral), infarto, patologias do trato respiratório, câncer, tuberculose, impotência e infertilidade.
Já o Instituto Nacional do Câncer (INCA), organização federal responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo, o tabaco é responsável pela maior parte de todos os cânceres de pulmão no Brasil.
Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também estão associados ao desenvolvimento de câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, assim como muitas outras patologias bucodentais.
Dicas para largar o hábito
- O importante é a decisão firme de deixar a impulsividade de lado. E, a partir daí, comemore cada cigarro a menos, pois o passo a passo já é motivo para se orgulhar
- Procure ajuda profissional e uma rede de apoio, porque largar o cigarro por conta própria aumenta as chances de recaídas.
- Conte com a família e os amigos próximos: afinal, todos precisam de frases e gestos de incentivo para seguir em frente;
- Mexa em seus rituais e condicionamentos: se tem o costume de fumar ao acordar, por exemplo, procure praticar atividades que mudem o seu foco de modo a transferir para o mais tarde possível a primeira tragada;
- Reserve um tempo para se concentrar em seu bem-estar: meditar, caminhar e se exercitar em contato com a natureza são meios de controlar a ansiedade que costuma ser o gatilho para acender um cigarro;
- Quebre a sua rotina sempre que possível, desde a simples troca de caminho rumo ao trabalho. Crie motivos para se inspirar com novas e positivas experiências.
Informações: Comunicação FSNH