O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, localizado no município de Ilhéus-Ba e gerido pela Fundação Estatal Saúde da Família – FESF, passou a ser referência para 20 municípios das regiões de Ilhéus e Valença na aplicação do medicamento Palivizumabe, um anticorpo monoclonal usado para prevenir doenças graves causadas por vírus, responsável pela maioria dos casos de infecções respiratórios em bebês, especialmente no período sazonal do inverno.
De acordo com Nota Técnica emitida pela Secretaria Estadual da Saúde da Bahia, o Palivizumabe não é uma vacina, mas sua aplicação reduz infecções entre lactentes e crianças menores de 2 anos de idade, especialmente lactentes prematuros, crianças com doença pulmonar crônica e cardiopatas. Sem o uso deste medicamento aumenta consideravelmente o risco e o número de internações hospitalares no período mais frio do ano.
A enfermeira Daniele Barros, coordenadora do Ambulatório do HMIJS, informa que a aplicação das doses ocorrerá sempre às quartas-feiras, das 8 às 11 horas. Este medicamento custa, em média, 4 mil reais a ampola. Pelo protocolo do Governo Federal, devem receber o medicamento crianças nascidas com idade gestacional até 28 semanas e 6 dias, com idade inferior a 1 ano (até 11 meses e 29 dias). Mas, na Bahia, o Governo do Estado ampliou o universo de bebês atendidos, tendo como protocolo crianças nascidas com idade gestacional de 29 a 32 semanas e 6 dias, segundo informa a farmacêutica Zélia Delgado, Coordenadora da Farmácia do hospital. Para fazer parte da rede dos hospitais credenciados no Estado, o Materno-Infantil cumpriu uma série de exigências técnicas, estabelecendo fluxos de atendimento, ações de fármaco vigilância, espaços para atendimento e área de preparo da medicação.
Zélia Delgado explica ainda que o estoque deste medicamento é controlado pelo SIGAF – Sistema Integrado de Gestão da Assistência Farmacêutica e através desta ferramenta a unidade poderá gerenciar o estoque, realizar solicitação à Sesab e a dispensação aos pacientes, atendendo a ordem de liberação por parte da Secretaria de Saúde do Estado.
Para solicitar o atendimento para o medicamento, o responsável pelo paciente deverá, de forma antecipada, preencher um Formulário de Solicitação, ter prescrição médica e apresentar os documentos solicitados, além de assinar um Termo de Responsabilidade. A lista com todos os critérios necessários pode ser encontrado no site da FESF-SUS.
O uso do Cartão Nacional do SUS é obrigatório, independente do paciente possuir assistência médica privada. Este medicamento é disponibilizado na rede pública entre fevereiro e julho. Cada paciente precisa tomar cinco doses, que podem ser complementadas, ano que vem, em 2023, no período sazonal do tempo mais frio, quando o medicamento deve ser novamente disponibilizado à população.
Informações: Comunicação FESF-SUS