A Fundação Hospitalar Getúlio Vargas – FHGV, membro da Associação Nacional das Fundações Estatais de Saúde – ANFES, apresentou as equipes de atenção à saúde do Hospital Municipal Getúlio Vargas a robô Laura, uma plataforma de inteligência artificial que analisa os sinais vitais e os exames laboratoriais de pacientes internados nas unidades em que a plataforma estiver ativada, em tempo real, 24 horas ao dia, sete dias por semana.
A inovação foi apresentada em reunião virtual realizada em comemoração ao Dia Mundial da Prematuridade. No Hospital, essa ferramenta vai ser aplicada na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal nos casos de bebês prematuros.
O diretor de Atenção à Saúde da FHGV, Marcelo Bastiani Pasa, explica que a UTI neonatal conta com dez leitos e mais 8 de cuidados intermediários. “O HT é referência para 30 municípios no Litoral Norte nesta área, e três hospitais da região direcionam casos de prematuridade para o nosso hospital. O Robô Laura é uma ferramenta para aumentar a qualidade e a segurança hospitalar”, declara.
A apresentação da plataforma foi feita pelo infectologista e diretor médico do Robô Laura, Hugo Morales, que observa que os erros de comunicação causam danos, mas que essa ferramenta ajuda a concentrar as informações do paciente. “O médico precisa verificar muitos dados e informações cruciais podem passar. Há dados desconectados no próprio prontuário eletrônico. A falha de comunicação é a principal falha que impede a segurança do paciente”, afirma. Morales comenta ainda que o Robô Laura conecta-se com o prontuário eletrônico, checando os parâmetros como temperatura, saturação, frequência cardíaca, glicemia, sexo, idade, entre outros, durante 24 horas nos sete dias da semana. “O foco é nas soluções sistêmicas e na integração entre os sistemas de prontuário”, reforça.
Robô Laura
A Robô Laura é uma plataforma de inteligência artificial que analisa os sinais vitais e exames laboratoriais de pacientes internados nas unidades em que a plataforma estiver ativada, em tempo real, 24 horas ao dia, sete dias por semana. A solução alimenta a base de dados interativa a um sistema de inteligência artificial cognitivo, orientado por protocolos customizados e/ou através de modelos machine learning, priorizando hierarquicamente casos de maior relevância, disparando alertas em casos de risco de deterioração clínica por notificações eletrônicas apresentadas em painéis de gestão e permitindo aos times de respostas rápidas (TRR) precocidade na tomada de decisões críticas.
A plataforma é uma ferramenta útil para diminuir o tempo de resposta a intercorrências graves, diminuir a taxa de transferência para UTIs, promover o uso racional de antibióticos e ainda facilitar a reação das equipes assistenciais dentro da melhor “janela de oportunidade” para a intervenção clínica em prol da preservação da saúde do paciente internado. No que tange à gestão hospitalar, a ferramenta deve controlar em tempo real o protocolo de cuidado escolhido, vigiando e alertando sobre situações de inconformidade, levando à equipe assistencial as informações mais relevantes do prontuário dos seus pacientes e, aos gestores, dados-chave sobre o desempenho da equipe assistencial.
Informações Jocélia Bortoli – MTB 9653 / Comunicação FHGV