A Fundação Estatal Saúde da Família – FESF-SUS juntamente com a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas Sapucaia do Sul – FHGV, ambas associada da ANFES – Associação Nacional das Fundações Estatais de Saúde, em parceria com o Instituto Federal da Bahia – IFBA, estão cooperando na validação de aplicativo para smatphones que possibilita a medição de saturação de oxigênio no sangue (SpO2), utilizando para isso a câmera fotográfica do próprio aparelho celular. O projeto permite avaliar os níveis de SpO2 de uma pessoa de forma rápida e com fácil execução, sem causar dor ou incômodo, tendo como objetivo possibilitar o uso em larga escala deste instrumento no apoio ao diagnóstico de doenças cardiovasculares.
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O procedimento de medição não é invasivo e dura apenas cerca de 1 minuto. Para a sua realização basta o cidadão colocar o dedo na câmera de celular com o APP instalado, por 30 segundos. A estimativa de saturação de oxigênio no sangue pode ser obtida por meio de mecanismos que avaliem a coloração do sangue nas extremidades do corpo, a exemplo da ponta dos dedos. Dessa forma, foi desenvolvido um algoritmo de mensuração baseado em processamento de imagens obtidas por câmera sem o uso de sensores específicos. Os valores obtidos são enviados pelo APP a base de dados que registra aparelho utilizado, data e hora da medição.
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Atualmente o projeto está em processo de validação da pesquisa nas unidades, tanto as de pronto atendimento (UPAs) quanto nos Hospitais, geridas pela FHGV no município Sapucaia do Sul – RS, e busca verificar a validade de estimativa dos parâmetros e do cálculo da saturação do oxigênio no sangue (SpO2) por meio da técnica em tela. Isto está sendo feito por avaliação de medições comparativa com oxímetros validados pela ANVISA, aderentes à norma técnica corrente, e por sensores de oximetria especializados. Também está sendo utilizado simuladores de oximetria para verificar calibração em pontos específicos da curva.
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Para o diretor da FHGV e vice-presidente da ANFES, Gilberto Barichello, “A tecnologia é uma grande aliada da saúde. No mundo todo, as comunidades usarão os recursos digitais na área profissional para melhorar aquilo que hoje os médicos, enfermeiros e profissionais de saúde fazem em termos de diagnóstico, tratamento e reabilitação. Proporcionar o desenvolvimento dessas práticas em nossos cenários significa impulsionar a qualidade do atendimento para o usuário do Sistema Único de Saúde – SUS. Ser espaço de estudo para qualificar a utilização do próprio celular como instrumento de auxílio no diagnóstico é um avanço da tecnologia que trará muitos benefícios aos profissionais de saúde. As tecnologias devem estar a serviço das pessoas.”
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Para o presidente da ANFES, e Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FESF-SUS, Alisson Souza, ”a Associação tem um importante papel de ser apoiadora e promotora das iniciativas das fundações estatais de todo país. Além disso, também é nossa função atuar como articuladora para que ocorra, cada vez mais, intercâmbios de ideias e experiências entre nossas associadas”.