A Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, responsável pela gestão do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), em Sapucaia do Sul-RS, lançou na última segunda-feira (25/04) o Projeto Musicoterapia Hospitalar. Pioneiro nos hospitais públicos gaúchos, agora, o Getúlio Vargas passa a oferecer a musicoterapia para os pacientes através de convênio para estágio curricular dos alunos do curso de bacharelado em Musicoterapia das Faculdades EST.

Numa primeira fase, o projeto inicia para pacientes assistidos na Unidade de Saúde Mental. Antes da formalização do convênio, o professor Maurício Marques, um dos poucos no Brasil a tocar violão de oito cordas, apresentou música instrumental regional. Posterior ao ato, ele tocou “Carinhoso”, composta por Pixinguinha entre 1916 e 1917. Para finalizar o evento, os estudantes de Musicoterapia da instituição cantaram músicas populares numa interação com o público. A formalização do projeto se deu com a assinatura do termo de convênio entre o diretor-geral da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), Tércio Erany Tedesco Júnior, e o reitor das Faculdades EST, Wilhelm Wachholz , na presença da vice-prefeita de Sapucaia do Sul, Imília de Souza.

“Sabemos que a musicoterapia atua de forma multidisciplinar e complementar no tratamento do físico, mental e espiritual das pessoas. O objetivo deste projeto é melhorar os resultados nessas três áreas, aliviando a dor e o sofrimento dos pacientes hospitalizados”, afirma Tedesco Júnior. Para Wachholz, que também é diretor da Escola Sinodal de Assistência, Educação e Cultura, esse convênio faz com que a instituição amplie sua missão junto ao HMGV, tendo em vista que, já desenvolve estágios dos cursos técnicos em enfermagem.

“As Faculdades EST possuem uma vocação marcada pela formação humanística e nós entendemos que, através de estágios supervisionados na área de musicoterapia, podemos oferecer ao hospital Getúlio Vargas uma troca de saberes na área da formação, sobretudo no que diz respeito ao cuidado integral do ser humano, de forma multidisciplinar ou interdisciplinar. Nessa perspectiva, esse convênio será de grande valia e prestação de serviço para o Getúlio Vargas”, complementa o reitor.

Para a vice-prefeita que representou o Executivo Municipal no evento, a musicoterapia transforma a pessoa porque ela esquece o motivo que a trouxe ao hospital. “Esse projeto permite que o paciente saia não apenas com o corpo curado, mas também com a alma curada”, afirma Imília.

Musicoterapia

A professora Laura Franch Schmidt Silva, que coordena o projeto no HMGV, explica que uma pessoa internada pode cantar, ouvir, tocar, compor, improvisar música, fazer música, como ela fazia no cotidiano. “Com isso, fazendo música, a pessoa recupera a ideia de que ela volta a ser competente e a participar da vida. Ela se torna protagonista da sua vida, então, importante para si e para as demais pessoas”, esclarece.

Laura ainda destaca que a música é uma atividade de grupo que forma a sociedade. “As pessoas que estão internadas, ficam afastadas da sua profissão, dos seus familiares e dos seus amigos. No entanto, numa atividade musical, elas lembram e acessam suas memórias afetivas, o que é uma aproximação com a vida lá fora e com o cotidiano. É uma sensação de bem-estar que ajuda em todo o tratamento”, reforça.

Informações: Comunicação FHGV